domingo, 8 de março de 2009

A máscara vai caindo aos poucos...

"Sinto orgulho. Não esperava outra coisa de ti. Diz-me se estás bem, ok?

A.
"


Olá

Obrigado. Estou bem.

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... Não sei como definir a minha pessoa. Mas acho que sou uma mistura de jornalista e de doido (não no sentido literal, claro). Na verdade sou tudo e nada ao mesmo tempo. Sei apenas que a comunicação é o meu mundo. E que o mundo é a minha casa.

Assisto a uma realidade e partilho-a da melhor maneira que sei e posso, com o mundo. O meu sentimento profundo - se queres mesmo saber, é humanista. Não é político. Aliás, fui ensinado a prezar a liberdade, mesmo quando ela significa liberdade para decidir ao contrário das minhas opções políticas.

Aconteceu-me ontem:

Ontem, tinha combinado beber um café no D. Bifanas com alguns jornalistas estrangeiros. Como já tinha jantado, fiz para chegar a tempo da sobremesa e dos cafés. Estava ao balcão enquanto eles jantavam, já tarde na noite.

Pouco depois, recebi uma chamada estranha que me fez abandonar o restaurante. Saí e, pela indicação que recebi ao telefone, vi que um carro estava parado entre a escola e a ANP com os mínimos acesos. Reconheci-o. Fui com o meu carro na sua direcção e parei mesmo ao lado. Olhei lá para dentro e a pessoa que estava ao volante - curiosamente havia outro ocupante, mas sentado no banco de trás - em vez de olhar e me enfrentar, escondeu-se e tapou a cara com o braço.

Um perseguidor cobarde? Um verdadeiro cobarde! Se queria intimidar-me estava a perder tempo. Mas intimidar-me como? Dando-me um tiro, dois tiros? Ou despejando-me um carregador da AK47 de trinta tiros? Não adianta.

A minha única preocupação - desde que começou esta bestialidade - sempre foi zelar pela minha própria segurança e neste dias tomei medidas que julguei serem necessárias para que fique seguro.

Mas não tenho medo nenhum da morte. Ninguém deve ter medo da morte, pois é a entrada para o absoluto.

AAS