sábado, 18 de julho de 2009

Nunca é tarde...

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A União Africana e a CEDEAO vão investigar os assassínios do Presidente da Guiné-Bissau 'Nino' Vieira e do chefe das Forças Armadas Tagmé Na Waié, ambos mortos em Março, revelou sexta-feira o actual chefe de Estado guineense.

Raimundo Pereira falava no aeroporto de Bissau, após ter regressado da 15ª cimeira dos Países Não-Alinhados, na cidade egípcia de Charm-el-Cheik.

"As Nações Unidas instruíram a União Africana e a CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da Africa Ocidental) para que criem uma comissão de inquérito para apurar as circunstâncias que levaram aos assassínios do Presidente João Bernardo Vieira e do general Tagmé Na Waié", chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, afirmou Raimundo Pereira.

Em declarações aos jornalistas, o chefe de Estado interino da Guiné-Bissau não especificou, contudo, quando é que essa comissão entrará em funções, limitando-se a afirmar que será assessorada pelos técnicos das Nações Unidas.

"Estamos a aguardar, pensamos que essa comissão será constituída brevemente", sublinhou Raimundo Pereira.

No dia 02 de Março, o Presidente João Bernardo "Nino" Vieira foi assassinado na sua residência, alegadamente por homens armados e vestidos com uniformes militares, horas depois de Tagmé Na Waié ter sido morto num atentado à bomba, no quartel-general do exército guineense, em Bissau.

As autoridades judiciais guineenses têm tido dificuldades para levar avante os inquéritos aos dois assassínios, alegadamente por falta de meios e ausência de condições de trabalho, segundo o Procurador-Geral da Republica, Luís Manuel Cabral.

Ainda falando do duplo assassínio, o Presidente interino da Guiné-Bissau disse ter lembrado aos seus homólogos dos Países Não-Alinhados que o Governo guineense continua a aguardar pela resposta a uma carta endereçada ao secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, para a criação de comissões de inquérito.

"Fizemos ver aos nossos parceiros que o Governo tem feito muito para a estabilização do país e contamos com a comunidade internacional para poder executar o programa que o Governo tem, sobretudo na luta contra o narcotráfico, a impunidade e recordamos também que a Guiné-Bissau já endereçou uma carta ao secretário-geral das Nações Unidas, pedindo ajuda para o esclarecimento desse caso", afirmou Raimundo Pereira. LUSA/MB