segunda-feira, 27 de junho de 2011

Reforma da Função Pública: Si garandi di casa ta tchami fidjus tudo ta nornori

"Aly,

Recenseame​nto ou bolsa de valores? N'punta nan, m´bé!!!

O País que nos viu nascer é reflexo dos seus políticos. Acredito piamente que não existe em nenhum lugar do Mundo um povo tão bom, humilde, trabalhador e despido de preconceito (religioso, cultural e de raça) quanto o da Guiné-Bissau - e olha que falo por experiência.

Mas os nossos políticos são o que de pior existe na face da terra. A única Instituição que tem poderes para corromper todas as outras quando ela não funciona correctamente é a Administração Publica e ela é a única também com poderes para fazer funcionar as Instituições que se desviarem das suas funções. Como dizia José Carlos Schwartz: "Si garandi di casa ta tchami fidjus tudo ta nornori".

Se não me traírem os neurônios, quando a Henriqueta Godinho Gomes era a Ministra da Função Pública, tivémos o inicio do projecto da Reforma Administrativa, que viria a ter a sua continuação durante o mandato de Malam Bacai Sanha e que resultaria no licenciamento de um grande numero de funcionários público.

Poucas semanas após serem licenciados todos voltaram a fazer parte do agregado salarial da Administração Pública, como se nada tivesse acontecido. Este projecto viria a conhecer a sua conclusão quando o Ministro da Função Pública era o Abubacar Baldé (ex-Ministro do Interior), isto é, quando o Primeiro Ministro eleito e nomeado era o Manuel Saturnino da Costa, mas quem fazia papel de Primeiro Ministro de facto era o Hélder Proença.

Nesta altura o recenseamento era dos efectivos da Administração Pública, invés de ser recenseamento biométrico (questão de terminologia) houve um grande número de funcionários fantasmas e por incrível que possa parecer houve até promoção dos financeiros criadores destes funcionários inexistentes (fantasmas).

Por exemplo no Ministério de Desenvolvimento Rural o financeiro malandro passou a ser Director do Gabinete do Ministro após o recenseamento constactar a aldrabice... Para mim isso significa conivência com o titular da pasta de Desenvolvimento Rural na criação dos fantasmas.

Ainda estava para vir a existir o Fernando Gomes para copiar e aperfeiçoar a casa da Joana (queria dizer, a Funcão Pública). De lá para cá já tivemos recenseamento de todos os tipos (Forças Armadas, dos efectivos da Administração Pública, Biométrico da Função Pública, dos combatentes da Liberdade da Pátria) - e o resultado é zero ao quadrado.

Em poucos anos não se surpreendam com outro recenseamento com outra terminologia para enganar a si mesmos. Vamos continuar a fazer recenseamento e ter em seguida maior número de funcionários fantasmas enquanto tivermos o PAIGC como Governo (são os que destruíram o Pais e continuam a destruí-lo).

Rogado
"

M/R: No comments. Abraço, AAS