quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Memória e Amnésia


paz 1

Caro Aly Silva,

Serifo Nhamadjo não tem tido mãos a medir no que toca a comprar guerrinhas. Está em rota de colisão com o CEMGFA, e odeia o primeiro-ministro Rui Barros. As opiniões, em Bissau, é que, mais cedo ou mais tarde perderá ambas as guerras. Outro sinal de amnésia por parte do presidente de Transição da CEDEAO, do mesmo presidente que em períodos de vacas magras e na qualidade de Vice-Presidente de ANP, teceu sentidos e comovidos elogios a uma empresa estrangeira com capital guineense e ao seu administrador, sediados em Dakar, Senegal, aquando da realização de uma das rondas da conferência sobre a reconciliação nacional na diáspora.

E a realização dessa CONFERÊNCIA, tendo à cabeça o próprio Serifo Nhamadjo enquanto homem de paz... só foi possível, em Dakar, graças ao apoio financeiro do mesmo empresário guineense. O mesmo que, agora, o presidente da CEDEAO acusa de serem recém criados pelo actual ministro das Minas. O presidente parece esquecer o quanto esta empresa tem sido útil para os guineenses que estudam ou apenas passam pelo Senegal. E não é de hoje. Desde a sua instalação na capital senegalesa, em Outubro de 2009, contaram sempre com a generosidade e o exemplo de verdadeiro patriotismo do seu Presidente Director Geral.

Conforme pode o Ditadura do Consenso apurar, esta empresa de Direito Inglesa, apenas tem um guineense como sócio, foi fundada em 2007 em Londres, e tem a sua filial para África registada no Senegal desde outubro de 2009 quando o accionista principal decidiu instalar a sua base neste país vizinho.

Agora, se na qualidade de guineense, as autoridades de transição, como tem sido pratica, decidirem tirar lhe o direito de prestar serviços ao seus país, por ser fiel aos seus princípios e amizades e nao querer se envolver e muito menos apoiar políticos que não merecem a sua confiança, fica feio, muito feio mesmo virem transformá-lo num alvo a abater, ou mesmo servirem-se dele para resolver as eternas querelas internas.

Hoje, contudo, enquanto uns estão em grandes mamanços já não precisam de serviços caritativos desta empresa que outrora os serviram e bem, mas que sejam egoístas a ponto de esquecer que esta empresa garante estudos de mais de uma dezena de estudantes guineenses naquele país. E o homem que está à frente desta empresa, alem de ser um pai de família exemplar, é um exemplo de sucesso para a nova geração de quadros que aspiram uma liberdade e autonomia em relação à cíclica instabilidade política da Guiné-Bissau.

Atentamente,
Pedro. S. V.