segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Rapto de menores: afinal...existe!


Coordenador do Grupo Parlamentar Britânico lança alerta contra o turismo sexual e tráfico humano na Guiné-Bissau

O Coordenador do Grupo Parlamentar Britânico para a Guiné-Bissau fez notar a existência de abusos sexuais de crianças e raptos na Guiné-Bissau e pediu para as pessoas se mantenham atentas em relação a estrangeiros que se encontrem de visita ao país e que possam estar à procura de vítimas mais jovens. A reacção de Peter Thompson surge após os acontecimentos recentes em Bissau, que levaram à ira da população, após uma alegada tentativa de rapto de uma criança nos subúrbios da capital guineense. “Infelizmente, as alegações recentes de uma tentativa de rapto em Bandim veio colocar na ribalta o problema de cidadãos estrangeiros que vão à Guiné-Bissau para abusar fisicamente de crianças”.

“Recentemente, numa igreja em Bissau fui informado que um casal de etnia caucasiana tentou convencer uma mãe a dar a sua criança a troco de dinheiro. Um pouco por todo o país, organizações Muçulmanas e Cristãs disseram-me igualmente que cidadãos estrangeiros chegam às localidades à procura de rapazes e raparigas jovens para dormirem com eles. É verdade que esta actividade doentia não acontece diariamente na Guiné-Bissau, mas apenas um incidente é suficiente para destruir famílias e as comunidades locais”. Thompson alertou para a existência destes “predadores perigosos que procuram crianças para as abusar sexualmente, para lhes retirar os órgãos ou para a escravatura internacional, uma actividade facilitada pelo crime organizado e até terroristas”. Pediu às igrejas e às organizações da sociedade civil para estarem vigilantes.

Lamentou ainda a existência de “turismo sexual”, onde Guineenses são abusados sexualmente por turistas que visitam o país. “Alguns turistas, na sua maior parte da Europa, exploram a miséria e a pobreza, usando mulheres e crianças como objectos sexuais. É uma actividade deplorável que necessita de ser combatida com vigilância, legislação e a educar as jovens para estes riscos”. Thompson convidou as vítimas ou testemunhas destes crimes na Guiné-Bissau para entrar em contacto anonimamente com o seu gabinete, através dos parlamentares guineenses, para que este possa reforçar este assunto para obter-se maior pressão legislativo.