sábado, 13 de março de 2010

Noticias da terra plana - Que se passa com o Presidente da Republica?

- Presidente da Republica volta a ser noticia por motivos de saude. Ontem, da parte da tarde, Bacai Sanha tinha que presidir a uma reuniao da Segurança, mas sentiu-se mal;

- À noite, houve uma reuniao importante e de emergência, na Presidência...

- Ministra do Interior, Adja Satu Camara, foi de novo evacuada desta vez para a Gambia. Recorde-se que esteve meses a fio em tratamento na França;

- 1o Ministro lança hoje a primeira pedra para a construçao de uma super-esquadra no Bairro Militar, com celas para homens e mulheres, num financiamento de 5 milhoes de euros da UNIOGBIS. AAS

quarta-feira, 10 de março de 2010

Ditadura do Consenso recomenda: Va para fora ca dentro

IMAGINE: Excursao e domingo na praia... Ilhas do Maio e Papagaio.
Grupos de 8 pessoas: 30.000 Fcfa p/p
Partidas do 'Mar Azul', em Quinhamel às 08h00 e regresso às 17h00 (a viagem dura apenas 30 minutinhos a ir e outros tantos para regressar)
Serviço de bar e pesca (N/exclusivo)

Agora, inscreva-se até 6a feira às 21h:

Contacte o Tony Ferrage pelos telefones +245 676 09 90 e 580 35 98

Bom fim-de semana e dê noticias

EXCLUSIVO: Carlos Gomes Junior: queixa-crime contra Ibraima Sori Djalo

Na semana passada, o Primeiro-Ministro Carlos Gomes Junior, instruiu o seu advogado Armando Mango (Bastonario da Ordem dos Advogados) no sentido de intentar uma queixa-crime contra o vice-presidente do PRS Ibraima Sori Djalo. Em causa estao as acusaçoes feitas no parlamento relacionados com varios crimes que o Pais conheceu nos ultimos anos.
Recorde-se muito a proposito que Carlos Gomes Junior havia acusado 'Nino' Vieira de estar implicado na morte do comodoro Lamine Sanha. A queixa foi agora arquivada pelo Ministério Publico, uma vez que o Chefe de Estado, enquanto queixoso, foi entretanto assassinado.

MORAL da HISTORIA: Em democracia, temos o direito à livre expressao. Mas também somos reponsaveis pelo que exprimimos... AAS

Governo paga parte da divida do Estado ao sector privado (mas tinha de pagar, nao tinha?!)

Desde a nossa independência até à aventura do 7 de Junho de 1998, o Estado da Guiné-Bissau ficou a dever ao sector privado cerca de 18 mil milhoes de Fcfa. Agora, assinaram o acordo para a amortizaçao da mesma. Para ja, adianta-se 4 mil milhoes de Fcfa (cerca de 3 milhoes de Euros). O resto? Talvez mais trinta e cinco anos, a contar da proxima independência...

P.S. - Recordo aqui que so o Banco da Africa Ocidental (BAO), financia a campanha de caju com o dobro do montante pago pelo Governo representado pelo Ministro das Finanças, José Mario Vaz, ao sector privado que tem à testa o empresario e presidente da CCIA, Braima Camara (Ba Quecuto)...AAS

terça-feira, 9 de março de 2010

Srs. Deputados da Nação, 1º Ministro e Ministro dos Negócios Estrangeiros: O Senegal e a Gâmbia estão a roubar-nos nas fronteiras!!!

Fiz uma viagem a Dakar por terra, de 4 a 7 do corrente e foi dos diabos! O SENEGAL e a GÂMBIA roubam-nos e de que maneira!!! Só eu, paguei 21.000 Fcfa (ida e volta). Até à Câmara do Comércio do Senegal paguei! 1000 Fcfa por cada carimbo imperceptível e mais 1000 Fcfa por cada carimbo com a data de passagem nas várias fronteiras e postos de imigração e outros.

Os nossos Deputados, bem sei, não fazem essa viagem por terra. Mas, desafio-vos a fazerem-na para constatarem isto que vos digo.

Onde está a CEDEAO? Onde está o direito de livre circulação de pessoas e bens?

SENEGAL? Merde!!! The Gâmbia? FUCK! Por favor, olhem pelo vosso POVO.AAS

Morreu poeta sao tomense Alda Espirito Santo. Em Angola, aos 83 anos. Cultura lusofona esta de luto carregado. Descansa em paz. AAS

segunda-feira, 8 de março de 2010

Botché na area

Quando era Ministro do Comércio no governo de Koumba Yala, deu-se o que sempre se da na Guiné-Bissau: um golpe de estado, pois claro.
A primeira medida, quando ha um golpe, é selar os ministérios. Como os golpes sao sempre à noite, é so colocar tropas à porta. E ninguém entra.
Botché Candé, contudo, arriscou. E la foi buscar os seus pertences. Chegado ao ministério do Comércio, dirigiu-se assim aos militares de plantao: "Eu é que sou o ministro da area" - disse.
O militar nem pestanejou e respondeu-lhe: "ah, você é que é o Jardel? ka bu sai na area son, si no dau pontapé!"

Eh, pa! Parece que esta é que é a anedota do momento

Num aviao, viajavam o Papa Bento XVI, o Presidente dos EUA Barack Obama e o 1o Ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Junior. A dado momento do voo, aparece um diabo que, com uma serra, começa a cortar a asa do aviao.
Preocupados, as três personalidades resolvem, um a um, tentar convencer o diabo.
Obama foi o primeiro: "yes we can" e coisa e tal mas...nada! O diabo continua a serrar.
Seguiu-se Bento XVI: "Somos irmaos, devemos dar as maos"... Qual quê? La vai Roma e mais um pouco da asa do pobre aviao.
Finalmente, Cadogo. Cinco minutos depois de falar com o diabo, o PM entra satisfeito na classe executiva.
Papa e Obama observam, espantados e embasbacados para a proeza de Cadogo Junior: este acabara de os salvar de uma morte certa.
Entao, fazem-lhe a pergunta da praxe: como convenceu o diabo, sr. 1o Ministro: "Facil. Disse-lhe que se o aviao caisse formaria o Governo no inferno"?

quinta-feira, 4 de março de 2010

Não obrigado, sr. Nulli!

Photobucket

"Caro Aly,

Sou um homem activo da vida artística guineense há bastante tempo.

O seu “post” sobre o projecto PAIC-PALOP e a saída repentina do Dr. Luís Machado surpreendeu-me imenso pelos contornos pouco claros de todo o processo e por conhecer bem esta pessoa tanto do ponto de vista pessoal como profissional.

Para além de ter sido um óptimo Conselheiro Cultural e ter dirigido o Centro Cultural Português, enquanto esteve na Guiné-Bissau, foi também responsável pelos professores do projecto PASEG e pela escola da UCCLA em Bissau. As suas capacidades, conhecimento cultural global, um grande humanismo e sentido estratégico global contribuíram para o bom-nome que deixou na nossa terra em somente 2 anos.

Sei pelas longas conversas que tivemos pela net e depois já aqui em Bissau que ele tinha seguido o projecto PAIC-PALOP quase desde o seu início, tendo ideias concretas relativamente ao mesmo e à sua importância para a aproximação cultural entre os PALOP.

Que lhe seja criticada uma não utilização sistemática das regras ou procedimentos, posso aceitar! Contudo, este é um projecto cultural/artístico! As regras são meros instrumentos para se obter um resultado. São a batuta do maestro, os pincéis e paleta do pintor, o cinzel e picareta do escultor! Mas não há maestros que dirigem sem ela? Não há pintores que pintam com as mãos? Não há escultores que utilizam outros instrumentos e matérias? O importante é conhecer bem o que se faz e, neste caso, o projecto… e não ter só umas ideias avulsas.

Alguns factores, pelas conversas que tenho tido com os “homens da cultura”, se revelam desastrosos em todo este processo:

O Ministério da Cultura da Guiné-Bissau foi manifestamente ignorado num processo onde já havia manifestado uma posição oficial e estava disponível para participar num encontro com todos os intervenientes a fim de esclarecer as posições.

O Secretário de Estado do Tesouro, aparentemente foi mal informado (eu diria, enganado!) sobre o processo e não ouviu a tutela do projecto (Ministério da Cultura) antes de tomar qualquer iniciativa.

O Ministro das Finanças não se apercebeu do mal-estar que lançou entre o seu Ministério (responsável pelos contactos com a União Europeia no que se refere a financiamentos) e o da Cultura (representante de todos os Ministérios da Cultura dos PALOP para este projecto).

A Delegação da União Europeia em Bissau e pese o conhecimento que o seu chefe (Franco Nulli) tem do país, não se apercebeu que, embora “pague” (com ordenados que, ao contrário dos nossos guineenses, nunca se atrasam e chegam a ser 10 vezes maiores!) os funcionários que apoiam o Ministro das Finanças nos vários projectos, não deve exercer pressão, desrespeitando os mais elementares princípios de diplomacia e ética, sobretudo porque são, muitas vezes, jovens inexperientes que vêm junto de funcionários guineenses (que já exerceram altos cargos no nosso país) e que os “encostam” à parede, exigindo isto ou aquilo!

A empresa, que o Dr. Luís Machado representava, ganhou o concurso graças aos curricula dos peritos e com grande peso do dele. Infelizmente, não actuaram em concordância com isto!

Se o Dr. Luís Machado tivesse que ser substituído (eu acho que não!) deveriam ter sido previamente contactados os candidatos que concorreram anteriormente ao projecto e nesse caso a opção deveria ter sido a dos Drs. Daniel Perdigão ou Carlos Vaz, homens da cultura com provas dadas.
Como aparece agora um candidato, licenciado em Direito, para gerir este projecto? Como pôde ser aceite quer pelo Ministério das Finanças quer pela Delegação da União Europeia?

Mais uma vez, o Ministério da Cultura… nem foi ouvido!!!

A saída do Dr. Luís Machado foi/é um duro golpe para a cultura e para o projecto! Ao contrário de muitos jovens inexperientes que têm passado pelas instalações da Delegação da EU em Bissau (sendo, muitas vezes, um mau exemplo da juventude europeia actual pela sua má-criação e falta de humildade) e que foram obrigados a aceitar um posto que lhes deram, ele escolheu, nas 2 vezes que esteve no nosso país, por sua própria vontade, compartilhar a nossa terra. Gosta da Guiné, gosta de África e tem um óptimo conhecimento da alma africana!

Uma grande injustiça que os brancos nos obrigaram a fazer! Dinheiro dado com esta penhora e obrigações…. Não obrigado, Senhor Nulli!

A.E.
"

Deus não se importará; Eu, sim!

Photobucket

Mais um cromo da guarda - a este polícia pode chamar-se 'agarrado' ou 'cola-em-tudo'.
LOCAL DE ATAQUE: junto ao supermercado Bonjour (passe a publicidade). Camaradas Bitchofla Na Fafé, Fernando Gomes, ba nhus na Ministério Público - é todo vosso... AAS

quarta-feira, 3 de março de 2010

Alô Chile, daqui Bubo

Algum português no Chile, uma alma caridosa, para me informar do paradeiro do Embaixador de Portugal, Paes Moreira? Terá sido esmagado por um bloco de cimento de 100 toneladas? Se não, que pena. Que desperdício!!!

- Caso (que não é caso) Bubo Na Tchutu - o contra-almirante assinou um acordo com as Nações Unidas para ficar lá como hóspede - ainda que indesejado. Um dos pontos do acordo limitava o uso do telemóvel. Mas parece que a UN encheu-se: Bubo faz muitas chamadas (muitas mesmo) e recebe outras tantas... Acordo? Kila ka tem pali dê!!! AAS

terça-feira, 2 de março de 2010

1o aniversario do assassinato de 'Nino' Vieira + breves

- Sete filhos do malogrado Chefe de Estado estao em Bissau. Hoje, às 19h, na Sé Catedral de Bissau sera celebrada uma missa pela alma do Presidente da Republica Joao Bernardo 'Nino' Vieira

- No cemitério, so se ouvia isto: "Justiça. Por mais tarde que seja". Seja.

- PGR arquiva 'definitivamente' processo que envolvia 4 cidadaos (dois alemaes e dois guineenses), detidos pelos militares na praia de Ga Tumane, no Sul do Pais por suposta implicaçao no trafico de drogas.... Moral da historia? A tropa ficou a ver avioes... Mas, quem vigia a tropa que nao da descanso às pessoas? Porque continuam a aterrar avioes no Sul e porque ninguém é detido? Porque nao se controla, também, as movimentaçoes no rio que passa em S. Vicente? Porra para isto, pa!!!!

- Mexidas na Segurança do Estado. Escolhido esta o novo chefe da Secreta guineense: Lino - e mais nao digo.
Samba Djalo, da DINFOSEMIL (informaçao militar) foi corrido do Ministério do Interior. Se é da tropa, ala para os quartéis... AAS

segunda-feira, 1 de março de 2010

1 ano de mentiras, 365 dias de medo

Photobucket

Presidente da República em funções, eleito por voto secreto e universal, o General João Bernardo ‘Nino’ Vieira viu a vida ser-lhe tirada da forma mais brutal e inimaginável.

2 de Março de 2009.

(O Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Batista Tagmé na Waie havia sido morto às 19 horas do dia 1 de Março, num atentado à bomba quando subia as escadarias que dão acesso ao seu gabinete.)

Uma semana após o assassinato de ‘Nino’ Vieira, a Guiné-Bissau assistiu ao maior show-off da sua história feita de conflitos e derramamento de sangue. Numa manifestação popular promovida para condenar o acto, a palavra mais ouvida foi «Justiça». Eu mesmo cheguei a acreditar, pois nunca nos tínhamos unido tanto. Até o Procurador-Geral da República(!) de então, Luís Manuel Cabral, bradou aos céus espumando pela boca. Que não dormiria descansado enquanto não se descobrisse os autores morais deste crime hediondo – portanto, quem quer que tenha participado e patrocinado a chacina, tinha de pagar por isso. Acabou por levar um chega para lá e saiu com o rabo entre as pernas e nunca se conheceram os focinhos: nem de quem ordenou, nem de quem matou o Presidente da República! Nada. Zero. Kaput. Niente! (e haviam de continuar a matar).

Enquanto tudo isto se desenrola, o mundo civilizado assiste.

‘Nino’ Vieira, recebeu mais atenção na sua morte do que em toda a sua vida. Mas a julgar pela sua campa rasa e fria (funeral de Estado a quanto obrigas...), chega a dar a impressão de que o Presidente nunca existiu sequer. Foi uma aparição, e, tal como uma aparição...desapareceu.

Como chefe de guerra, ‘Nino’ lidou com balas tendo à sua volta uma cambada de cínicos e mentirosos; enquanto chefe de Estado, aturou traidores e oportunistas. E mais mentirosos. Gente que lhe empurrava e depois afastava-se e batia palmas. Enfim, escumalha que servia Deus e o Diabo.

Passados 365 dias, quem foi ouvido? Quem foi indiciado ou punido? Onde está a Justiça de que tanto se falou? Vão enganar brancos (que por sua vez estão fartos de nos enganar)!!!

Recuperei duas balas na poça de sangue e que terão certamente atingido um Presidente manietado pelos seus carrascos. Chegaram de madrugada – como convém aos bandidos. Mas, antes, trataram de mudar a guarda militar e a segurança. E regressaram depois por volta das 21 horas. Cinco viaturas todo-o-terreno – curiosamente, duas tinham matrículas do Estado... Entraram na residência do PR e saíram passados 20 minutos. Negociavam o quê? Sabe-se lá. Nessa noite, talvez por precaução, o ministro da Defesa dormiu numa residência particular na Rua 10.

E quando chegaram, fizeram-no com estilo: uma bazukada (convém aqui realçar que a maioria dos residentes vizinhos do PR, por sua própria iniciativa, haviam abandonado as suas casas na Rua de Angola, pois Tagmé Na Waié havia sido assassinado horas antes, no dia 1 e temiam-se represálias). Disparavam com intervalos – ora da rua de Cabo-Verde, ora da rua de Angola e a rua Marien N´Gouabi (traseiras da residência do PR) estava bem guardada. Falaram ao telemóvel toda a noite (ouvia-os claramente da minha varanda e da garagem, e ainda de três casas vizinhas).

Vi JM levar dois tiros (terão sido 3), e vi – confesso que fiquei embasbacado, um fiel do PR a querer à viva força penetrar no local de fogo. Não o deixaram. E ele, mais do que tudo, apenas não queria que fizessem mal ao seu amigo. Mas o mal já estava feito. Mataram-no a sangue frio.

Manhã cedo, lá estavam as duas cadeiras (sentaram numa o Presidente e noutra a mulher), um corpo sem vida jazia no chão frio, o braço separado do corpo, um quase-cemitério a céu aberto, o cheiro a sangue, um sangue espesso. Uma catana na poça de sangue. Havia – ainda estão lá! - um rasto de sangue que ia até a uma das casas-de-banho. Era do Barnabé – refugiou-se lá quando foi atingido. E havia pão e vinho e sumos na mesa. E também havia champagne. E ninguém chorava. Tudo era silêncio. Nessa noite, o Presidente dormira num quarto das traseiras, mesmo ao lado da copa – lugar onde foi assassinado.

Por volta das 4 e 30 da manhã, uma voz proclama ao telefone: «Está tudo dominado». E estava. E toca a pilhar - «queimem a casa», dizia um. Rebentaram os contentores e levaram tudo. O que não conseguiram levar, partiram. Oito da manhã. Um militar dispara um tiro contra o Hummer. Nervos? Ódio? Nada disso: ignorância animalesca.

Por volta das oito e meia, mais um gesto surrealista. Um militar acompanha quatro pessoas: duas eram advogadas, a outra o porta-voz do PR, Barnabé Gomes e ainda o chefe do protocolo, Adolfo. Mas Barnabé era o único que estava ferido. Tinha uma ferida enorme no braço. Dizem-lhes apenas «vão-se embora». Assim. Barnabé já nem sangrava, perdera muito sangue – fora ferido com os primeiros tiros. E estava a ficar branco, a fraquejar. E eu pergunto «têm carro para vos levar ao hospital?». Ninguém responde, mas eu reajo. «Entrem». Deixo-o no hospital, e levo, a pedido, um outro. «Deixa-me aqui, mas por favor não diga a ninguém». E deixei. E não disse nada. E deixei também dois maços de tabaco – uma cópia descarada de uma marca de cigarros norte-americano.

Pela manhã, quando tudo se tornara claro demais, os elementos da segurança do Estado - que resistiram ou desistiram de lutar, andavam de um lado para o outro com as mãos entrelaçadas e abanando a cabeça de um lado para o outro. Estavam resignados. O que podiam mesmo fazer, se logo no início houve militares que simplesmente abandonaram a residência, deixando a Kalashnikov no portão?! Sinal de que essa não era a sua guerra e, assim sendo, não pretendiam morrer lá.

Passados 365 dias, a Justiça continua calada e os assassinos e os mandantes deste crime sem paralelo no nosso País estão à solta. Passeiam-se pela poeirenta Bissau tentando apanhar mais alguns. Para matar!

O mundo todo condenou, tugiu e mugiu. E do mundo, nada chegou. Prometeram milhões e não deram sequer tostões. Ou seja, o branco não dá dinheiro e nós – pretos só como nós sabemos ser – estamos contentes porque assim não se investiga coisa nenhuma. Fica-vos mal.

Este é um apelo desinteressado, mas sobretudo isto é um grito de revolta contra o imobilismo e contra todas as mentiras que o Povo da Guiné-Bissau tem suportado. AAS - António Aly Silva

Preparemo-nos para amanhã...

Photobucket
FOTO: (C) AAS